Existem uma série de restaurantes que rebuscam os nomes de pratos muito simples. Acho que é uma estratégia para atrair mulherzinhas e meninas enjoadas. Dia desses, fui em um daqueles lugares que vendem objetos de "design" para casa, "coisas-que-você-não precisa", "coisinhas-bonitinhas", bijouterias, pratos com ilustrações lindas, mas que eu não imagino nenhuma comida servida neles. Enfim... a antiga loja de cacarecos, mas com uma apresentação bem melhor. Fui "comer uma coisinha" como dizem as mulherzinhas. Reparem! Elas nunca vão almoçar. Vão sempre comer uma coisinha. Quando abri o "menu" tinha:
- Triângulo folhado com ricota e shitake
- Noodles com legumes à juliana
- Sopa de abóbora com sementes de papoula e hortelã
Vem a seguinte observação: Todos os pratos são acompanhados por salada de folhas.
As comidinhas eram boas, mas essas denominações me enjoam. Além disso, como cada coisa é servida em um pratinho quadrado e branquinho, acumulam-se várias tigelinhas na mesa, deixando-a apertada. Fora que depois você ainda continua com fome. Será que sou muito esfomeada? Por que não servem também picadinho, estrogonofe,...
Enfim... esse era o estilo das comidinhas que eram servidas. Quando disse que queria beber tônica com gelo e limão, me disseram que só tinha sucos orgânicos e chá com limão. Que frescura! - pensei. Mas acho que essa era a proposta do lugar. Até no bandejão da faculdade usavam essa técnica de rebuscamento. Claro que nesse caso, o lance era outro. Carne moída era "Carne a Fantasia" e assim por diante.
Existe também a contra-corrente. Em restaurantes meio "roots" da Liberdade, principalmente coreanos e chineses, as traduções dos pratos são bem simplificadas. Quase tudo é "legumes com molho", "macarrão com legumes", "brócoles no molho",... Tudo isso com uns erros de português.
24 julho, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário